60 dias sem respostas: Família questiona laudo e cobra esclarecimentos sobre a morte de Anderson Queiroz Camargo

No próximo dia 18 de março, completam-se 60 dias desde a morte do vidraceiro Anderson Queiroz Camargo, de 28 anos, executado a tiros pela Polícia Militar na noite de 18 de janeiro, em Votorantim. A família segue sem respostas concretas e denuncia a falta de transparência na investigação do caso.
Até o momento, a única movimentação oficial foi a divulgação do laudo pericial, que aponta seis disparos no para-brisa do veículo onde Anderson estava, todos efetuados de fora para dentro. No entanto, essa informação é contestada pelo pai da vítima, Ronaldo Camargo, que afirma que o carro apresenta sete perfurações de bala. "O laudo fala em seis tiros, mas há sete furos no vidro. Como podem afirmar um número diferente do que está visível?", questiona.
A família alega que a investigação não está sendo conduzida de forma clara e transparente. "Não vamos desistir de buscar a verdade, mesmo que leve tempo e tenhamos que recorrer a outras instâncias. A corregedoria da Polícia Militar parece não estar disposta a esclarecer os fatos de maneira justa", afirma Ronaldo Camargo.
A discrepância nas informações do laudo e a ausência de respostas concretas aumentam a indignação da família e da comunidade. Até o momento, as autoridades militares e civis não esclareceram as circunstâncias que levaram à morte de Anderson, alimentando suspeitas sobre a conduta dos agentes envolvidos.
Diante da demora e da falta de transparência, a cobrança por justiça se intensifica. A sociedade exige que os responsáveis sejam identificados e que a verdade venha à tona. O silêncio das autoridades não pode ser maior do que o direito da família de Anderson a respostas e justiça.
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