O combate à dengue é feito por 23 agentes de saúde em Votorantim. Em média, 250 imóveis são visitados por dia, mas o número poderia ser maior caso não houvesse a recusa dos moradores em permitir o acesso ao interior das residências.

De acordo com o cálculo da Zoonoses, em média, 30 imóveis não são acessados pelos agentes durante um dia de trabalho. Os motivos são a ausência de pessoas no local no momento da abordagem ou a recusa em permitir a entrada dos profissionais da saúde para a prevenção e eliminação do mosquito transmissor da dengue.

A atividade nos imóveis é planejada de acordo com o risco de proliferação do mosquito, medido através da vulnerabilidade social e densidade larvária. Durante as visitas, os agentes explicam à população que a melhor forma de prevenção da dengue é eliminar a água armazenada.

Os agentes atuam sempre uniformizados, identificados com coletes e crachás. Em caso de dúvida, a população pode entrar em contato com a Zoonoses por meio do telefone (15) 3243-3807.

Prevenção

A equipe da Zoonoses orienta a população a manter a caixa d'água bem fechada, além de lavar semanalmente com escova e sabão os tanques de armazenamento de água. Em relação aos vasos de plantas, o ideal é retirar os pratinhos situados na base, pois eles acumulam água e tornam-se criadouros do mosquito. Outros cuidados precisam ser tomados com as bandejas de geladeira, com ralos e vasos sanitários sem uso e materiais inservíveis pelo quintal.

Já os materiais inservíveis, como latas e garrafas, não devem ser acumulados em locais abertos. O ideal é que esses produtos sejam destinados à coleta de resíduos sólidos. Outra dica é colocar o lixo em sacos plásticos bem vedados.

Os imóveis também necessitam de atenção. As calhas precisam estar sempre limpas e a água não deve ficar acumulada sobre as lajes.

Casos confirmados

Votorantim registrou sete casos confirmados de dengue em janeiro de 2025, número bem menor comparado aos 296 no mesmo período do ano passado. Apesar desse dado positivo, o mais recente índice da Avaliação de Densidade Larvária (ADL) revela que a cidade está em estado de alto risco. Em 600 imóveis visitados neste mês de janeiro, 45 apresentaram larvas do mosquito transmissor da doença.

O trabalho preventivo e de combate ao mosquito é feito diariamente pela Zoonoses. A equipe realiza ações de nebulização, bloqueio e controle de criadouros em residências, escolas, ferros-velhos, borracharias, pontos de reciclagem e áreas públicas da cidade.

O atual ADL revelou o índice de 7,5 em Votorantim. A classificação é considerada de alto risco (a partir de 4%). A avaliação é feita de forma trimestral e, além de mensurar a infestação de larvas na cidade, serve também para a Zoonoses direcionar algumas ações em áreas com mais criadouros.

De acordo com os dados de janeiro, as regiões com maior índice foram centro, Rio Acima, Vila Nova, Parque Bela Vista, Monte Alegre e Serrano. Os criadouros com mais presença de larvas foram pratos de plantas e vasos de plantas na água.