Representantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) estiveram em Brasília nesta semana em busca de uma solução para cerca de 150 famílias que ocupam o assentamento Teresa de Benguela, localizado em Votorantim, e que foram notificadas sobre a ação de despejo. A comissão, liderada pelo coordenador nacional Denis Leonel, participou de uma reunião com o Secretário Nacional da Habitação, Augusto Henrique Alves Rabelo, para discutir alternativas ao impasse.

Durante o encontro, o secretário demonstrou interesse em colaborar para encontrar uma solução que atenda às necessidades das famílias.

Como medida inicial, Rabelo propôs agendar uma reunião com o prefeito de Votorantim, Weber Manga, a fim de avaliar a viabilidade de um projeto habitacional ou, ainda, a possibilidade de transformar a área ocupada em uma Zona Especial de Interesse Social 4 (ZEIS 4).

De acordo com Denis Leonel, a criação de uma ZEIS 4 seria uma ferramenta estratégica para garantir o direito à moradia digna para as famílias em situação de vulnerabilidade. "A ZEIS 4 é uma ferramenta importante para garantir o direito à moradia digna para as famílias mais necessitadas. Acreditamos que, com a união de esforços entre o governo federal, o município e os movimentos sociais, poderemos encontrar uma solução justa e duradoura para essa situação", afirmou Leonel.

O movimento destacou que uma das principais preocupações são os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com deficiência, que dependem do assentamento para morar e garantir sua subsistência. A possibilidade de despejo traz um impacto ainda maior para essas famílias, agravando a necessidade de uma solução imediata e sustentável.

A Frente Nacional de Luta ressaltou a importância de ações rápidas e coordenadas entre os diferentes níveis de governo e os movimentos sociais para evitar que essas famílias enfrentem o despejo iminente.

Apesar do otimismo gerado pela reunião, os representantes enfatizaram a urgência de um compromisso concreto por parte das autoridades para garantir a segurança e a permanência das famílias no local.

O assentamento Teresa de Benguela abriga aproximadamente 150 famílias que dependem da área não apenas para moradia, mas também como meio de sustento. A notificação de despejo tem gerado apreensão entre os moradores, que agora depositam suas esperanças na articulação conjunta entre a Frente Nacional de Luta, o governo federal e a Prefeitura de Votorantim.

Uma nova reunião deverá ser convocada em breve para dar continuidade às negociações e definir os próximos passos para regularizar a situação do assentamento.