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Votorantim,20/01/2025

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    Para garantir salários em UPA de Votorantim, Justiça bloqueia recursos da Prefeitura

    Prefeitura não deve repassar valor a terceirizada que atrasou salários de trabalhadores; medida é liminar e não garante pagamento imediato aos funcionários

    Fonte: Divulgação/Sinsaúde
    Para garantir salários em UPA de Votorantim, Justiça bloqueia recursos da Prefeitura      Trabalhadores da UPA em Votorantim entraram em greve dia 13, mas suspenderam a paralisação após negociação entre sindicato e Prefeitura.


    Paulo Andrade (Portal Porque)

     

     

    Os recursos da Prefeitura de Votorantim que seriam
    utilizados para fazer o repasse contratual para a terceirizada Avante Social,
    que administra a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Central do município,
    devem ser depositados em Juízo para garantir o salário atrasado dos
    funcionários, além de outras verbas trabalhistas. A decisão, de sexta-feira
    (17), é da 4ª Vara do Trabalho de Sorocaba, que atendeu pedido do Sinsaúde (Sindicato
    dos trabalhadores da saúde em estabelecimentos privados). O depósito deve ser
    feito no prazo de 48 horas. A medida, no entanto, não garante pagamento
    imediato aos funcionários, visto que se trata de uma liminar, que “pode ser
    revista a qualquer momento”, registra o juiz Valdir Rinaldi Silva.

    Devido ao atraso no pagamento, que deveria ter sido efetuado
    no dia 6, os trabalhadores da UPA entraram em greve às 18h de segunda-feira
    (13), mas a paralisação foi suspensa às 23h da mesma data, após negociação
    entre o sindicato e a Prefeitura. O prefeito Weber Manga (Republicanos) alegou
    que não fez o repasse à empresa por causa da não apresentação de documentos
    necessários e disse que vai romper o contrato com a prestadora de serviços.

    O acordo com a prefeitura previa que o Sinsaúde pedisse à
    Justiça a “Tutela Cautelar Antecipada”, com arresto de valores destinados à
    Avante Social, para garantir o pagamento das verbas trabalhistas. Na ocasião, o
    governo municipal disse ao Portal Porque que “o chefe do Executivo
    apresentou uma proposta, um acordo de trabalho, e após muita negociação a greve
    foi suspensa até a solução do problema”.

    No despacho do juiz, a Justiça determina, por meio de
    liminar, o bloqueio dos “créditos que a empresa requerida porventura detenha em
    seu favor junto ao citado ente público (Prefeitura), no limite de R$
    2.500.000,00” e que a providencie o depósito para que fiquem “à disposição
    deste Juízo trabalhista” a fim de garantir, caso haja decisão definitiva,
    salários, verbas rescisórias e encargos sociais aos funcionários da UPA.

    Decisão temporária

    No entanto, o juiz observa que “o bloqueio de tal quantia não implica em
    qualquer transferência quanto à titularidade para recebimento da importância,
    posto que os valores ficarão à disposição deste Juízo, podendo a requerida
    (Avante), se comprovada que a situação noticiada nos autos não corresponde à
    realidade, ver liberados tais valores de imediato”. Valdir Rinaldi ainda
    ressalta no despacho: “nada impede que este Juízo venha a reapreciar a qualquer
    momento a decisão ora proferida, se apresentada novas provas”.

    O vice-presidente do Sinsaúde, Pablo Pistila, declarou
    ao Porque, na sexta-feira, que “infelizmente o modelo de contrato que é
    realizado entre poder público e as OSs (Organizações Sociais/terceirizada)
    coloca em risco o direito dos trabalhadores. E os Executivos e vereadores, que
    deveriam fiscalizar como estão utilizando o dinheiro público, ficam preocupados
    em defender ideologias partidárias. Mas o melhor caminho, e mais ágil, para
    garantir o direito dos trabalhadores foi esta medida adotada pelo sindicato”.

    Pistila ainda afirma que o prefeito Weber relatou haver
    irregularidades no contrato com a Avante Social (Instituto Jurídico para
    Efetivação da Cidadania e Saúde) e que ele “tomou a medida correta”. O
    dirigente sindical cobra mais atuação da Câmara Municipal. “Para que estas
    situações não venham a acontecer novamente, espero que o legislativo fiscalize
    melhor estes contratos. Com essa medida tomada pelo Sinsaúde acreditamos que,
    em alguns dias, esses trabalhadores já recebam seus salários”, afirma.

     

     

    Fonte: https://www.portalporque.com.br/sorocaba-regiao/para-garantir-salarios-em-upa-de-votorantim-justica-bloqueia-recursos-da-prefeitura/




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