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Votorantim,18/12/2024

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    Gabrelú, rapper de Votorantim, participa do primeiro reality show musical brasileiro da Netflix

    O programa “Nova Cena” teve como jurados nomes famosos como Djonga, Filipe Ret e a dupla Tasha & Tracie


    Gabrelú, rapper de Votorantim, participa do primeiro reality show musical brasileiro da Netflix Gabrelú em apresentação no Sesc Sorocaba / Divulgação

     

     

    O reality show “Nova Cena”, da Netflix, contou com um
    participante votorantinense: o rapper não-binário Gabrelú, de 29 anos. O
    programa, que estreou em novembro deste ano, traz um olhar único para o rap
    nacional enquanto acompanha 18 participantes que competem por um prêmio de R$
    500 mil e uma participação em "Sintonia", série de sucesso do
    streaming.
     

    “Nova Cena” é o primeiro reality musical brasileiro da
    Netflix e conta com um time de jurados renomados, como Djonga, Filipe Ret e a
    dupla Tasha & Tracie. Além disso, grandes nomes da cena musical participam
    como mentores e convidados especiais, como Negra Li, KL Jay, Karol Conká,
    Dexter e MC Luanna.
     

    Desde sua primeira aparição no reality, Gabrelú demonstrou
    confiança e impressionou os jurados. “Foi incrível e desafiador. Procurei
    manter a postura e quis entregar o melhor que pude. Acho que toda galera estava
    na mesma energia, então me senti seguro e acolhido, mas ainda assim colocar
    nossos sonhos em jogo mexe muito com as emoções”, destacou o rapper em
    entrevista para a Gazeta de Votorantim.
     

     

    Trajetória artística de Gabrelú teve início em Votorantim

    Gabrelú conta que nasceu em São Paulo, mas mudou para
    Votorantim com sete anos de idade e morou a maior parte de sua vida na cidade,
    nos bairros Santa Márcia e Parque Bela Vista: “Me considero muito mais
    votorantinense”.
     

    E foi em Votorantim que o rapper iniciou sua carreira
    artística. Ele conta que, aos 10 anos, fez oficinas gratuitas oferecidas pela
    prefeitura: “Pensando sobre isso agora chega me emocionar, porque eu nem
    imaginava o quanto aquilo ia fazer diferença na minha vida. Minha carreira
    começou com o teatro, nessa brincadeira de contar história, e hoje estou nos
    palcos contando a minha e dos meus”.
     

    Do teatro, ele foi para a música. “Eu comecei rimando com os
    meus amigos da vila e na pista de skate, onde anos mais tarde teve a Batalha
    das Capivaras feita pela Venenosa. Conforme o tempo foi passando, visitei os
    eventos de Sorocaba e conheci vários artistas que tenho amizade até hoje. Em
    2016, eu tirava foto e filmava os shows e videoclipes do Projeto Sarjeta e da
    Futur15ta e assim me firmei mais no movimento. Só em 2018 que saí de trás das
    câmeras e gravei as primeiras músicas, e foi com elas que comecei a fazer shows
    na região”, destaca.
     

     

    Vivência não-binária do rapper foi pauta no reality

    Em uma de suas primeiras cenas no reality show da Netflix,
    Gabrelú afirma que “ser uma pessoa não binária no rap é como ser uma pessoa não
    binária em qualquer lugar: você simplesmente não existe”. Em seus desafios no
    programa, Gabrelú demonstrou sua vivência cheia de desafios, coragem e
    autenticidade.
     

    O rapper destacou em entrevista para a Gazeta de Votorantim
    que tem uma música com o artista Jupitter sobre sua vivência não-binária
    chamada “Pensa Que Me Conhece”. “Foi bacana fazer porque, mesmo isso sendo
    parte da minha identidade, não é um tema frequente nas minhas músicas. Eu falo
    muito sobre ancestralidade, espiritualidade e questões sociais, de coisas que
    precisamos pensar, cenários de futuro e memórias que tenho com as pessoas que
    amo”, conta.
     

    Gabrelú se define como uma pessoa trans não-binária. Isso
    significa que ele não se identifica completamente com os padrões tradicionais
    de gênero masculino ou feminino e se abre para a liberdade de existir além
    dessas categorias.
     

     

    “Mesmo não tendo a referência do que era ser uma pessoa não
    binária na minha cidade, quando eu olhei pra outros territórios consegui me
    enxergar. O Jupitter era amigo da Venenosa, que também era minha amiga, e foi
    através dele que eu conheci o termo e comecei a pensar se aquilo me
    representava”, explica Gabrelú.
     

    Ele afirma que tem orgulho em ser um artista não-binário
    porque sente “que não existe fronteira que impeça algo que mora dentro da
    gente”. Ele fala também sobre como é sua vivência em relação ao seu gênero na
    cidade de Votorantim. “O interior é um lugar muito tradicional e conserva esses
    valores em tudo que faz, então imagina como é não reproduzir essa tradição:
    Você recebe todo o tipo de olhar, desde a rejeição até a curiosidade. Eu lido
    com isso procurando ser cada vez mais de mim e mostrando as semelhanças que eu
    tenho entre as pessoas ao invés das diferenças”, diz.
     

     

    Próximos projetos

    Quando questionado sobre seus projetos atuais e futuros,
    Gabrelú contou que está em um momento de transição artística, voltando para as
    batidas que trouxeram suas primeiras composições, o Boombap.
     

    “Quero retomar a minha essência e repensar sobre o que me
    motivou a começar, pra que nessa nova fase eu possa ter uma versão atualizada
    do Gabrelú. Quem tá comigo nessa transição é o DJ e produtor Mendz e juntos
    estamos lançando o single ‘Meu DNA’, com muito groove e autenticidade”,
    finaliza.
     

     

    Reportagem: Ivana Santana

     

    Fotos: Divulgação



    Foto 2: Artista iniciou carreira após realizar oficinas
    culturais em Votorantim



    Foto 3: Gabrelú fez bonito no reality































































     




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