Por José da Cruz*
Quem não se lembra do refrão dessa música romântica, do
grande Nelson Ned? Pois aí está uma grande verdade, que Jesus nos lembra nesse
evangelho: um dia a História chegará ao seu final, e tudo vai passar. O homem
de nossos tempos vive de qualquer jeito, ignorando sua dimensão espiritual,
como se a vida fosse só isso. O evangelista Mateus usa da linguagem
apocalíptica para dar uma “sacudida” nos seus ouvintes, a respeito do tal Fim
do mundo, falando de catástrofes, como o sol, que vai escurecer, como a lua que
não mais brilhará, e como as estrelas que vão cair do céu e a força da natureza
será abalada. O Filho do homem, título que se dava a Jesus, e que foi pela
primeira vez utilizado por Daniel, no Antigo Testamento, está próxima às
portas. É uma referência a segunda e definitiva vinda do Senhor. Ao lermos
sobre esses “sinais”, o primeiro sentimento que nos vem é o medo. Mas não é
esse o objetivo da Sagrada Escritura. Antes, é um sinal de alerta, uma luz
amarela piscando insistentemente, lembrando-nos da nossa finitude, como
refletíamos no Dia de Finados. Temos uma Fé capaz de ver os sinais da presença
do Reno de Deus entre nós? Essa Fé cristã, que professamos, tem transformado a
nossa vida para melhor, fazendo valer a pena viver? Estamos comprometidos com o
Bem, ou nos deixamos arrastar pelas forças do mal.? Ninguém sabe quando isso
vai acontecer, pode ser daqui a pouco, pode ser amanhã...Que vai acontecer,
vai, é o próprio Jesus que nos garante “Passarão o céu e a terra, mas as minhas
palavras não passarão” . Deus não vai destruir a obra que suas mãos criaram,
mas vai destruir, em caráter definitivo, o mal, que vai virar fumaça. {Marcos
13, 24-32}
*Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata
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