XXXII Domingo do Tempo Comum - 10 de novembro
Dar tudo de si...
José da Cruz*
O evangelho deste domingo nos convida a refletirmos sobre o
que temos dado a Deus. Não adiante querermos dar grandes coisas, pois a nossa
própria natureza humana nos faz ser tão pequenos e então acontece o inverso:
achamos que o que temos a oferecer é tão pouco que Deus nem vai aceitar. Temos
um pouco de vergonha do nosso “pouco”. No caso específico dessa viúva,
observada por Jesus, quando fazia sua oferta no cofre do templo, o seu “pouco”
fosse talvez o seu “tudo”. Ela não se sentiu envergonhada por oferecer o seu
pouco, mas o fez de coração, com humildade e alegria, diferente dos ricos, que
depositavam grande quantia, talvez tomados pela soberba e grandeza de poder dar
muito mais que os outros. E Jesus não perde aquela oportunidade de dar aos seus
discípulos um ensinamento: A Deus devemos dar tudo, o nosso melhor! E ele tomou
a pobre viúva como referência, “Todos deram do que tinha de sobra, enquanto
ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”, o que nos
leva a pensar naquele dístico popular, que nasce da sabedoria do povo “Ninguém
é tão pobre que não tenha nada a oferecer, e ninguém é tão rico que não precise
receber”. {Marcos 12, 38-44}
*Por diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata
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