Tristeza na adolescência
Por Luciana Abreu
A adolescência é uma fase repleta de transformações, tanto físicas quanto emocionais. Nesse período, os jovens frequentemente enfrentam momentos de tristeza e melancolia, que podem surgir por uma variedade de razões, incluindo mudanças hormonais, pressões sociais e desafios acadêmicos.
Por que a tristeza é comum na adolescência?
Durante a adolescência, a produção de hormônios como a serotonina e a dopamina, que estão associados ao prazer e à felicidade, pode diminuir. Isso pode fazer com que os jovens se sintam mais vulneráveis a emoções negativas. Além disso, as questões de identidade, a pressão para se encaixar, as relações interpessoais intensas e as pressões pela vida perfeita exibida nas redes sociais podem amplificar esses sentimentos.
Como podemos ajudar?
1. Validação das emoções: É fundamental que os adolescentes saibam que suas emoções são normais e compreensíveis. Quando um jovem se sente triste, frases como “É normal se sentir assim às vezes” podem ser reconfortantes. Validar esses sentimentos ajuda a normalizar a experiência e a encorajar a comunicação aberta.
2. Criação de um espaço seguro: Incentive o diálogo em casa. Pergunte sobre como foi o dia dele, escute atentamente e mostre-se disponível para conversas sobre o que está passando. Um ambiente acolhedor e sem julgamentos permite que eles se sintam à vontade para compartilhar suas emoções.
3. Atividades que promovam o bem-estar: Encoraje a prática de atividades que ajudam a melhorar o humor, como exercícios físicos, hobbies criativos, meditação ou até mesmo passeios ao ar livre. Essas atividades não apenas elevam os níveis de serotonina, mas também oferecem uma forma de escape e relaxamento.
4. Identificação de gatilhos: Trabalhe com seu filho para identificar o que pode estar causando a tristeza. Pode ser um problema na escola, uma amizade que não vai bem ou até mesmo pressões externas. Entender os gatilhos é um passo importante para gerenciar as emoções.
5. Quando buscar ajuda profissional: É crucial reconhecer quando a tristeza vai além do que é considerado normal. Se o adolescente apresenta sintomas como apatia persistente, mudanças significativas no sono ou no apetite, isolamento social ou pensamentos de autolesão, é fundamental buscar a orientação de um profissional de saúde mental. Terapias e grupos de apoio podem ser muito eficazes.
Lidar com a tristeza na adolescência é um desafio, mas também uma oportunidade de aprendizado e amadurecimento emocional.
Contato: adolescenciasemtraumas@gmail.com
(Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal)
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