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Votorantim,12/09/2024

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    O atentado à liberdade de imprensa: jornalista de Votorantim sob ameaça e perseguição


    O atentado à liberdade de imprensa:  jornalista de Votorantim sob ameaça e perseguição

    Por Mario Henrique Bernardes Pereira*

     

     

    A perseguição sofrida pelo
    jornalista Werinton Kermes, editor-chefe da Gazeta de Votorantim e da TV
    Votorantim, é um retrato preocupante do ambiente hostil que a imprensa enfrenta
    atualmente não apenas em Votorantim, mas no Brasil. Em um cenário onde o
    trabalho jornalístico deveria ser valorizado como pilar da democracia, o que se
    vê é uma crescente tentativa de silenciamento daqueles que ousam expor os
    desvios de conduta e o mau uso do dinheiro público.

    Os dados apresentados pela
    Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) são alarmantes: um aumento de
    105,77% na violência contra jornalistas entre 2020 e 2024. Esse crescimento
    reflete a intolerância e a violência, muitas vezes patrocinadas por políticos que
    tiveram seus nomes levado a público por terem comportamentos que não condizem
    com os cargos que ocupam pois não aceitam que seus atos sejam trazidos à luz.
    Essa prática é particularmente evidente em cidades como Votorantim, onde a
    imprensa local, ao cumprir seu dever de informar, se torna alvo de ameaças e
    assédios judiciais.

    O jornalista Werinton Kermes tem
    sido alvo de assédio judicial claramente direcionado a intimidá-lo e coibir sua
    atuação.

    Essas ações não são isoladas;
    refletem uma prática que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu
    recentemente como uma tentativa de cercear a liberdade de imprensa. Além disso,
    a denúncia de que dois vereadores estariam tentando desqualificar o jornalista
    através de uma devassa em sua vida pessoal e profissional é uma demonstração
    explícita de retaliação política.

    Essa perseguição não apenas
    ameaça a liberdade de imprensa, mas também enfraquece a democracia. A tentativa
    de silenciar jornalistas como Werinton Kermes não é apenas uma afronta à
    liberdade de expressão, mas uma estratégia deliberada para ocultar os abusos de
    poder e a corrupção. Quando a imprensa é silenciada, quem perde é a sociedade,
    que fica desinformada e vulnerável.

    É fundamental que a comunidade,
    as organizações de defesa da liberdade de imprensa e a justiça brasileira se
    posicionem contra essas tentativas de intimidação. O jornalismo precisa ser
    protegido, não apenas pelo bem dos profissionais que o exercem, mas para
    garantir que a verdade continue sendo revelada, independentemente de quão
    desconfortável ela possa ser para aqueles que detêm o poder.

    A Gazeta de Votorantim e seus
    profissionais, como Werinton Kermes, devem continuar seu trabalho com coragem e
    determinação. Expor os maus públicos e valorizar aqueles que cumprem com seu
    dever é a essência do jornalismo. Não podemos permitir que ameaças e assédios
    prevaleçam sobre a verdade. Afinal, como bem disse o jornalista: "Somos a
    janela e não a paisagem". Que essa janela continue aberta, iluminando os
    cantos mais sombrios da política local e nacional.

     

     

    *Mario Henrique Bernardes Pereira é advogado. OAB: 296866/SP



























     




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