Ortopedista explica sintomas, causas, tratamento e prevenção da tendinite do ombro

Dores intensas no ombro, incapacidade de realizar determinados movimentos com o braço, sensação de queimação, aparecimento de vermelhidão e inchaço, esses são alguns dos sintomas da tendinite do ombro.
A doença é caracterizada pela inflamação do tendão, uma estrutura composta por fibras resistentes, tecido conjuntivo e colágeno, que faz o ligamento do músculo com o osso. Os tendões são responsáveis por fixar toda a estrutura do corpo e estão localizados nas regiões dobráveis, como mãos, ombros, pernas, dentre outros.
A causa da tendinite está relacionada ao uso excessivo do tendão, diz Dr. Walberto Kushiyama, médico ortopedista especialista da Ápice Medicina Integrada, de Sorocaba (SP). Ele esclarece que o problema é consequência do uso excessivo de força e dos movimentos repetitivos, sem descanso. “Pessoas que executam funções contínuas e sem descanso são as principais afetadas por essa inflamação. Alguns dos principais acometidos pela doença são eletricistas, carpinteiros e atletas amadores, que, sem o preparo físico adequado, fazem esforço além da conta”, detalha o médico ortopedista.
A tendinite do ombro causa muita dor e inchaço no tendão. Também pode comprometer cotovelos, punhos, joelhos e tornozelos, provocando grande incômodo e rigidez na articulação afetada. “O ardor da tendinite pode ser agravado, se não for tratada corretamente. A inflamação, sem tratamento, pode acumular depósitos de cálcio que agravam a dor e limitam os movimentos do paciente”, alerta o especialista da Ápice Medicina Integrada.
Diagnóstico, tratamento e prevenção
O diagnóstico da tendinite do ombro é realizado por meio de exames radiográficos, ressonância magnética e a ecografia, que é um laudo com mais informações sobre o estado do tendão. “As radiografias são úteis para identificar se há a presença de anormalidades nos ossos, embora os tendões não possam ser vistos neste exame. Já, a ultrassonografia e a ressonância magnética são mais eficazes para verificar e definir o local e o grau da lesão”, detalha Dr. Walberto Kushiyama.
O objetivo do tratamento, inicialmente, é diminuir ou, se possível, inibir a dor. Ao sentir os primeiros sintomas, é preciso procurar um médico especialista. “Para tratar a tendinite do ombro, é necessário repouso articular, fisioterapia, além do uso de analgésicos simples, como os anti-inflamatórios para controle da dor. Além disso, é necessário identificar o estágio da doença, para indicar o tratamento específico”.
A reabilitação física é utilizada para recuperar a amplitude dos movimentos e prevenir contra o reaparecimento da inflamação. “É por meio dos exercícios de reabilitação, realizados nas sessões de fisioterapia, que o paciente volta a mexer os braços com a dor reduzida”, comenta o médico ortopedista.
Em casos de infecção, é necessário ainda o uso de antibióticos. A intervenção cirúrgica é pouco utilizada. “Uma vez que o ataque agudo é controlado, é importante que seja iniciado o trabalho de prevenção e correção dos fatores que causam a inflamação, focando na melhora da ergonomia e da qualidade muscular, a fim de prevenir novas lesões ou retomar as antigas”, orienta Dr. Walberto Kushiyama.
Para evitar o desgaste do tendão, é importante realizar sessões de fisioterapia, que vão trabalhar no fortalecimento, ativação muscular e alongamentos da articulação.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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