Dependência das redes sociais afeta produtividade no trabalho
Cerca de 15% da distração de funcionários no ambiente de trabalho é explicada pelo uso excessivo de aplicativos de celular. É o que aponta uma pesquisa com 283 profissionais dos quais 22,2% perderam cerca de 15 minutos por hora em redes sociais, provocando atraso no cumprimento de prazos e tarefas. O estudo foi conduzido em 2015 pela Universidade Metodista.
De acordo com o especialista e consultor em gestão de pessoas, Pedro Zaros, o chamado tecnostress (nome dado pelos psicólogos para quem faz uso compulsivo da internet) é uma tendência e a proibição não é o melhor caminho. “Estamos diante da geração ‘Y’ e o acesso à rede é inevitável. Porém, a queda de produtividade no ambiente de trabalho atinge números alarmantes e a saída mais interessante para o empresário é que ele encontre maneiras de controlar esse acesso e uma delas é organizar horários para a navegação, por exemplo”, conta Zaros, que ressalta que é cientificamente comprovado que a proibição não funciona.
Em um dos casos atendidos por ele, a empresa determinou que os celulares não poderiam mais ser usados e o que se notou foi um aumento considerável na fila do banheiro. “Foi a maneira que os colaboradores encontraram de burlar a proibição, obrigando a consultoria e o gestor a buscarem juntos uma solução. Foi então que passamos a trabalhar o fator comportamental e na implantação de horários para o uso consciente dos aplicativos”, afirma.
Pausa para recuperar o foco
Zaros conta que após seis meses de trabalho de conscientização, houve mudança até no relacionamento entre os colaboradores. “Notou-se uma aproximação entre as pessoas a partir da diminuição do ruído externo. Elas passaram a compartilhar mais suas experiências, gerando um ambiente de trabalho mais prazeroso”.
Ainda segundo o especialista, a cada 40 minutos focado em uma atividade, o ser humano tem uma natural queda de atenção. É necessário fazer um intervalo para imergir novamente nas suas tarefas para que tenha boa produtividade. “Podemos usar este intervalo para liberar o acesso. Desta forma garantimos qualidade de vida e estreitamos laços dentro do ambiente de trabalho”, garante Zaros.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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