Sargento Mota se aposenta após 30 anos na Polícia Militar

Eduardo Gouvea
Depois de três décadas dedicadas à corporação, o Sargento Carlos Mota cumpriu no último sábado (30) seu último turno de trabalho na Polícia Militar. Agora aposentado, ele afirmou que sai com a sensação de dever cumprido e que se dedicará à família e a outros projetos pessoais. “Vou deixar de conviver com grandes pessoas que contribuíram para a minha carreira”, diz.
Ainda jovem, devido à falta de oportunidades e o alto custo para arcar com uma faculdade, Mota decidiu seguir a carreira dos tios e prestar concurso na Polícia Militar. “Fiz a inscrição com 19 anos, me formei em Taubaté, trabalhei por quase três anos na Casa de Detenção. Depois pedi transferência para o interior e fui para Guapiara, onde fiquei por 10 anos. Lá construímos, juntamente com Alírio Brunieri, um Grupamento Policial e posteriormente segui para Capão Bonito. Em 2002 ingressei na Escola de Sargentos e fui para Carapicuíba. De lá, para estar mais próximo da família, vim para Votorantim onde estou há 11 anos”, conta. Em nossa cidade, Mota recebeu o título de cidadão votorantinense.
Em todos esses anos de trabalho, Mota acumulou boas e más experiências. Ele diz que “a melhor é estar inserido na sociedade, ajudar as pessoas necessitadas e fazer com quem seja cumprido o direito das pessoas”. Já as negativas ficam por conta dos entreveros com marginais e também as ocorrências de acidentes.
Apesar de todas as dificuldades e perigos que envolvem a profissão, Mota nunca pensou em abandonar a carreira ao longo de sua trajetória. “Para ser policial é preciso estar comprometido com o trabalho, a cidade e a sociedade. Ele tem que estar presente para que possa dar sua contribuição”.
Pai de três filhos, Mota se emociona ao falar da família, em especial de sua esposa, a qual o acompanhou durante todo esse tempo. “Quando a conheci ainda não era militar. Convivemos com coisas boas e difíceis, mas sinto orgulho de ver meus filhos concluírem a faculdade e poder chegar até aqui bem de saúde e psicologicamente. Espero agora estar mais presente junto à família”, conta. “Vou sentir falta da convivência com os colegas. A contribuição para a sociedade já dei”, concluí.
publicado na edição n° 84 de 6 a 12 de setembro de 2014 do Jornal Gazeta de Votorantim, na página 13
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